E o último dia de SPFW foi assim:
Glória Coelho apresentou uma coleção robótica. Peças co recortes e linhas retas, calças e túnicas retas, casaquinhos curtos e sais arredondadas, jumpers sobre blusa de gola alta e vestidos de veludo enfeitados por debruns de couro, além de lãs, tafetás e muitos babados.
João Pimenta apresentou peças com uma silhueta em A, mesclando batinas com um certo militarismo. O resultado foi alfaiataria em lã e veludo, com casacos e blazers, coletes desabotoados e túnicas compridas. As calças alargam as ancas com pregas pequenas ou máxi. O abotoamento é invertido, feito na cintura, em contraste com as golas quadradas. Foi visto o tricô na coleção, com um belo resultado.
Fernanda Yamamoto brincou muito com sua origem japonesa, a coleção foi bem oriental. Alguns tecidos tinham tingimento manual (uma técnica oriental). O styling da cabeça das meninas era uma escultura transparente de acrílico. O ombro parece uma construção de kimono, peças com ccortes arredondados, vestido longuete, sapatinhos rasteiros, transparência, gola canoa inspirado no círculo (que foi a inspiração para a coleção), peças cintura alta com floral na estampa, bem anos 70. As cores mais vistas foram amarelo, preto, cinza e roxo. A coleção mostra um inverno bem leve.
Alexandre Herchcovitch (masculino) apresentou uma coleção bastante usável, confortável, forte e desejável. Inspirada no futuro, levou à passarela cores sóbrias, como o preto e o cinza, com caramelo e laminados brilhantes. Alexandre apresentou uma coleção cheia de camisetas compridas, casacos encurtados, ombros arredondados, xadrez sujos que, além de cobrir camisas, cobrem paletós e bermudas. Calças largas, algumas pregueadas com uma alfaiataria confortável.
André Lima não teve medo de ser over. Abusou do mix de referências e inspirações meio anos 30, divas Noir, Disco Fever, sereias, um ar japonista e muita ousadia em formas longas com volumes e/ou rabo-de-peixe, e mais curtas e próximas ao corpo, com mangas que crescem e chegam até o chão. Apostando também na combinação de texturas e matérias nobres numa mesma peça, sedas, lurex, lamê, matelassês, paetês, plissados e laços passeiam desinibidos e abusados sobre os vestidos. Nas cores, muito preto, é claro, além de laranja, vermelho, verde, uva, pink e rosa fluo.
Cavalera encerrou a fashion week com omprimentos encurtados das leggings, vestidos e jeans, bermudas e casaquetos, usados com sneakers e botinhas de salto vírgula. A coleção estava bem sóbria e urbana. O que tinha mais a cara do inverno eram os mantôs e pelerines de tricô pesado. No jeanswear, as propostas foram o black jeans, principalmente skinny, e o azul azul, em calças e macacões, de lavagem clara e com rasgados.
